A Fisioterapia Uroginecológica e Obstétrica é uma modalidade que trabalha a reeducação funcional do assoalho pélvico (períneo). Atua na prevenção e no tratamento das diversas disfunções que podem acometer tanto homens quanto mulheres, sendo estes jovens ou idosos. É um tratamento individual, indolor e com resultados notáveis logo nas primeiras semanas de tratamento.

Os músculos do assoalho pélvico (períneo) desenvolvem inúmeras funções benéficas para a saúde. Entre a mais importante função, está à manutenção na posição anatômica dos órgãos pélvicos, funcionando como uma rede de sustentação desses órgãos. Estes músculos estão sujeitos a sofrerem atrofia, ou seja, enfraquecimento, por diversos motivos: Genético; Falta de exercícios e conscientização; Alterações hormonais; Menopausa e múltiplas gestações.

Devido a flacidez muscular a sustentação das vísceras, útero e bexiga, fica comprometida acarretando um prolapso, queda de ambos ou um dos dois órgãos. Muitas mulheres por vergonha e por falta de informação acabam não sabendo como lidar com essa situação. Outro problema gerado pela flacidez é a Incontinência Urinária e a Fecal. A primeira nota-se uma perda de urina quando se faz algum esforço, podendo ser em pequenas como em grandes quantidades, ou quando se sente uma vontade súbita de urinar e não consegue prender até chegar ao sanitário.

A Fecal é ocasionada por uma flacidez no esfíncter anal, que se inicia com a perda involuntária de gases e em seguida de fezes. O desempenho sexual poderá ser comprometido com o enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico, pois não mais existirá a sensação de pressão intravaginal, o que dificultará o ato sexual tanto para a mulher quanto para seu parceiro.

A imagem abaixo mostra o assoalho pélvico (períneo) na mulher e no homem:

assoalho pélvico (períneo) na mulher
assoalho pélvico (períneo) no homem

Questões tratadas pela fisioterapia uroginecológica:

  • Tratamento e prevenção da incontinência urinária feminina e masculina;
  • Disfunções sexuais como a dispareunia (dor durante as relações sexuais) e anorgasmia (incapacidade de ter orgasmos);
  • Prolapsos genitais (bexiga caída/ útero);
  • Preparação para o parto;
  • Reabilitação de períneo pós-parto;
  • Vaginismo (contração involuntária dos músculos impossibilitando a penetração);
  • Hiperatividade do Detrusor (contrações involuntárias da bexiga, dando a sensação de desejo miccional em curto espaço de tempo);
  • Enurese noturna (perda involuntária da urina durante a noite).

A Fisioterapia Uroginecológica conta com equipamentos de alta tecnologia com o uso de aparelhos que visam o fortalecimento muscular, a conscientização e treinamento da bexiga de forma ativa pelo (a) paciente. Com a evolução da terapia, podem-se acrescentar exercícios perineais em ambiente clínico até a criação de total consciência para realizar exercícios domiciliares.

A reeducação postural torna-se essencial, uma vez que a pelve, estaticamente equilibrada, contribuirá para a manutenção de um posicionamento correto das vísceras abdominais e um perfeito funcionamento dos órgãos de sustentação, favorecendo, assim, uma correta transmissão das pressões intra-abdominais.

Fisioterapia Uroginecológica no Acompanhamento Gestacional:

Mudanças físicas marcam a mulher durante o período de gestação. Apesar de ser um momento mágico, essas mudanças vêm acompanhadas de desconfortos e limitações.

E tanto durante o parto como após o parto, será fundamental que a mulher tenha um bom condicionamento. Por isso, apesar de pouco divulgada, a fisioterapia na gravidez exerce um papel importante em cada fase da gestação.

A fisioterapia pré-natal, por exemplo, prepara o corpo da mulher para dois momentos: o pré e o pós-parto, prevenindo, tratando e reabilitando possíveis disfunções, desconfortos, dores ou lesões. Assim, a fisioterapia oferece:

  • Exercícios de alongamento e fortalecimento de determinados músculos;
  • Exercícios aeróbicos;
  • Conscientização corporal;
  • Melhora na circulação sanguínea;
  • Correção da postura;
  • E exercícios de relaxamento.

Como resultado, as futuras mamães sentem alívio durante momentos como cãimbras, inchaço, falta de ar e dores na coluna vertebral e na pelve. Os cuidados com o assoalho pélvico também são importantes, pois o fortalecimento dessa musculatura facilita o parto natural e sua recuperação no pós-parto.

A junção da correta respiração e a conscientização da musculatura pélvica facilita a gestante no momento da “expulsão” do bebê. Para as mamães que preferem realizar o parto natural é de suma importância procurar um fisioterapeuta obstetra para prepará-las para esse momento mágico!

Fisioterapia para gestantes
Fisioterapia para gestantes